A combinação entre drenagem linfática e gestação não poderia ser mais perfeita: ajuda a relaxar, alivia inchaços típicos da gravidez, reduz o acúmulo de retenção liquida, estimula a lactação e prepara as mamas para a amamentação, previne vasinhos e celulite.
As sessões podem ser iniciadas a partir do terceiro mês, cerca de duas vezes por semana. Em casos de edemas exacerbados, a gestante poderá fazer até três sessões semanais, desde que tenha autorização do médico responsável.
A drenagem linfática na gravidez vai ajudar a diminuir o cansado nas pernas e o desconforto dos tornozelos e pés inchados, contribuindo para uma melhor qualidade de vida da grávida. Além disso no pós-parto a drenagem vai eliminar o excesso de líquidos do organismo da mãe e melhorar suas defesas.
Classificada como uma espécie de massagem, é uma técnica criada na Europa por volta dos anos 30, e estimula os gânglios linfáticos, melhorando seu funcionamento e, consequentemente, a circulação sanguínea e escoamento dos líquidos retidos. A partir de movimentos leves e lentos, e realizada somente por profissionais devidamente treinados e habilitados, elimina toxinas e diminui o tão temido e incômodo inchaço, naturalmente.
Mas, apesar de parecer uma ótima solução para aliviar o chamado “peso” extra nas pernas, por exemplo, não são todas as grávidas que podem fazer e não é autorizado em qualquer período da gestação – cada tipo de gravidez é um caso. A palavra-chave em questão é CAUTELA e, independentemente de qualquer recomendação, é essencial que você converse com seu obstetra e só tente o tratamento depois do aval dele. Lembre-se: durante a gravidez, todo cuidado é pouco.
“Considero que nem 10% das drenagens são realizadas de forma correta. Não existe nenhum estudo científico sobre o risco desse tratamento, então é preciso ter muito cuidado”, alerta o ginecologista e obstetra Abner Lobão, da Unifesp (SP). Uma drenagem linfática mal feita pode induzir o parto, se realizada a partir dos seis meses, ou favorecer um aborto, se feita até os três. Quando realizada por profissionais competentes, não oferece riscos à gestante.
É importante ressaltar que, apesar de parecer uma massagem simples e estar disponível até mesmo em salões de beleza, a drenagem exige um profissional qualificado, preferencialmente um fisioterapeuta. “A pressão das mãos do terapeuta é um elemento essencial para a massagem. Normalmente, terapeutas não qualificados e acostumados a massagear clientes que buscam resultados estéticos acham que a força emitida pelas mãos vai interferir no resultado alcançado, e isso para uma grávida pode ser perigo. Em hipótese alguma, a drenagem linfática deve ser feita com força. Também vale lembrar que a área da barriga não deve ser massageada”, alerta a fisioterapeuta Mariana Lopes da Veiga.